quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sonhar Acordada

Não sei se é um hábito se é uma forma de vida. Sempre o fiz, desde pequenina, quando sonhava quer era a Heidi para combater as insónias, antes de descobrir o efeito relaxante dos livros. Muitas vezes estes sonhos desfazem-se sem deixar rasto, como uma bola de sabão, em contacto com a dura realidade. Outras vezes transformam-se em planos mais ou menos complexos que dão origem a situações simpáticas ou a grandes desilusões. Estes sãooas piores, os que doem, os que me levam por vezes a querer esconder-me, fugir para Sul ou simplesmente parar de sonhar.
Mas depois da dor e das lágrimas, depois de perceber que a vida não é cor-de-rosa e que não consigo mudar o Mundo, depois de aprender mais uma dolorosa lição, fecho os olhos e volto a sonhar, porque sonhar é como comer, respirar ou tão simplesmente escrever. É uma condição para me manter viva e mentalmente sã, faz parte de mim.
Provavelmente vou cair e magoar-me. Provavelmente vai doer horrores e vou desejar ter ouvido todos os conselhos e ter ficado quieta. Mas se não sonhar anulo uma parte importante da minha personalide, deixo de ser eu. Serei assim tão difícil de entender?